terça-feira, 14 de setembro de 2010

COMO ATIVAR CORRETAMENTE O ASSOALHO PELVICO.


A pélvis é a parte do corpo que fica entre a barriga e as pernas. Como nós andamos em duas pernas, essa bacia precisa ser bem forte para sustentar o peso de toda a parte de cima do corpo. Por isso temos uma musculatura forte que segura todos os órgãos da bacia no lugar certo, incluindo a bexiga, os intestinos, etc... Nas mulheres isso é ainda mais importante, pois durante a gravidez ela ainda tem que suportar o peso do útero e do bebê. A parte de baixo dessa bacia é feita por músculos fortes, que formam um “assoalho”.
O diafragma da pelve é formado por músculos pares denominados coccígeo, situado posteriormente e levantador do ânus, ântero-lateral, maior e mais complexo. 

A forma do diafragma pélvico é comparável à de um funil com dois bicos (sexo masculino, com ânus e uretra) ou com três bicos (sexo feminino, com ânus, vagina e uretra) e com sua borda larga presa aos corpos dos púbis, aos músculos obturatórios internos, às espinhas isquiáticas e ao sacro.

O centro tendíneo do períneo ou corpo perineal é uma massa fibro-elástica de forma piramidal, com cerca de dois cm de diâmetro situado em posição mediana, no limite entre os trígonos urogenital e anal, ou seja, entre o bulbo do pênis (ou a vagina) e o canal anal. Sua base está em contato com a pele perineal e seu ápice aponta para o hiato urogenital. Vários músculos se prendem a ele, tais como os músculos transversos superficial e profundo do períneo, bulboesponjoso, pubococcígeo, levantador da próstata (ou o pubovaginal), esfíncter anal externo e o esfíncter da uretra. Além destes músculos, as fáscias superficial e profunda do períneo, as fáscias inferior e superior do diafragma urogenital e a fáscia inferior do diafragma pélvico também se prendem a ele. Todas estas inserções, mesmo quando parciais, fazem do centro tendíneo do períneo uma importante estrutura de estabilização perineal.
 
Sabemos que o bom funcionamento de todo músculo depende de força, resistência e coordenação motora.
Algumas pessoas desconhecem a localização dos músculos do assoalho pélvico e sua função. Muita das vezes ao ser solicitado a contração destes músculos observa-se a utilização de outros grupos musculares como abdominais, glúteos e músculos internos da coxa. Na verdade estes músculos poderão ser utilizados no treinamento muscular, contudo, se a pessoa não utilizar a correta contração dos músculos do assoalho pélvico, o sucesso não será alcançado.
Pelo fato de a musculatura do assoálho pélvico estar praticamente isolada numa cavidade óssea e com pouco contato com outras musculaturas, não existe nenhum exercício de academia que exercite "também" a musculatura do assoálho pélvico. A inervação da musculatura do assoálho pélvico é exclusiva, não sendo dividida portanto com nenhum outro grupo muscular. Ela só pode ser treinada de maneira exclusiva e consciente!
Ainda, estudos recentes têm apontado que atletas femininas que praticam atividades de grande carga tendem mais a apresentar problemas no assoalho pélvico. Não é difícil encontrar, por exemplo, atletas de fisiculturismo que sofreram lacerações do períneo durante esforços extremos.
A musculatura do assoálho pélvico deve ser contraída conscientemente durante os exercícios de musculação, para que seja evitada sobrecarga sobre os órgãos e outras estruturas do assoalho pélvico. Saber contrair eficazmente a musculatura do assoálho pélvico é fundamental para evitar lesões em mulheres que praticam musculação (de qualquer intensidade) ou outras atividades de maiores esforços físicos.O Pilates dar essa conciência dessa contração, isto é, uma atividade de movimento conciente.
Importante:
Sempre trabalhe sua respiração durante os exercícios para a musculatura do assoálho pélvico . Procure relaxar e respirar de maneira lenta, suave e profunda. Nunca tranque a respiração, pois desta forma os abdominais devem estar sendo contraídos indesejavelmente ao invés dos musculatura do assoálho pélvico, contrariando os objetivos do treinamento.
Nem todos os casos de disfunção do assoalho pélvico são inerentes à fraqueza da musculatura do assoalho pélvico. Em alguns casos a falha é dos ligamentos e/ou fáscias (elásticos anatômicos que sustentam os órgãos) ou da musculatura lisa (que compõe parte da uretra e vagina, por exemplo). Nestes casos o treinamento da musculatura do assoalho pélvico podem resultar em muito pouco (ou nenhum) resultado prático. Consulte um fisioterapeuta especialista para conhecer seu diagnóstico funcional.

Studio Pilates Daniela Costa